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O surf no Brasil – Brazilian Storm como nasceu

O Brasil é uma potencia mundial no surf, acumulamos quatro campeonatos em sequência, a saber:  Gabriel Medina, em 2018, Ítalo Ferreira, em 2019, Medina novamente, em 2021, e Filipinho em 2022. Além do primeiro campeão da era WSL no Circuito Mundial masculino que foi para o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho.

No ano de 2020 não houve o campeonato devido a Covid-19.

Com isso o Brasil se torna o país que mais conquistou títulos do Circuito Mundial de surfe masculino desde que a WSL (Liga Mundial de Surfe), a entidade que organiza o campeonato, mudou de nome em 2015.

O circuito de forma organizada surgiu em 1976, nesta época havia vários torneios espalhados pelo mundo, dois surfistas Havaianos juntaram, organizaram e criaram o IPS, Surfistas Profissionais pelo Mundo, neste ano aconteceu o primeiro circuito mundial.

O apelido Brazilian Storm, (tempestade brasileira) teve início no ano de 2011, na praia era Trestles era o último dia de competição, só dava brasileiros nas baterias.

Na verdade o evento começou na terça-feira e na sexta já era possível perceber uma diferença, a agitação já era outra.

Um grande grupo unido e barulhento de surfistas falando português começou a conquistar não só o palanque, como as vagas nas quartas de final. Até mesmo o locutor das notas no palanque se rendeu ao – inédito – domínio brasileiro: “O mundo agora está contra os brasileiros”.

A partir desse momento australianos, americanos e havaianos perceberam que a hegemonia em uma tradicional onda foi quebrada. Enquanto isso, Jessé Mendes (3º colocado), Thiago Camarão (3º colocado), Heitor Alves (5º colocado), Junior Faria (5º colocado), Jadson André (5º colocado) ocupavam o último dia de etapa. A surpresa maior estava na final com um garoto de Itanhaém que venceu sua primeira etapa no WQS diante do queridinho da torcida, o americano Tanner Gudauskas.

Aqui cabe uma observação, embora o Havaí seja um estado americano, no surf ele concorre independente, como se fosse um país.

Com o número crescente de brasileiros no topo WQS, a imprensa internacional especializada deu a essa grande presença brasileira Brazilian Storm, ou seja, a “Tempestade Brasileira”.

A hegemonia em Trestles começou a falar português e nos três anos seguintes apenas brasileiros venceram o WQS.

O apelido permanece assim como as vitórias. Na próxima postagem vamos discorrer do ascendente surf feminino do Brasil.

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