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Computador Zezinho

(Brasileiros com sucesso e quase que totalmente desconhecidos)

Curiosidade e Tecnologia, pois bem vamos lá, o primeiro computador brasileiro foi desenvolvido em 1961.

E foi como trabalho de conclusão individual de José Ellis Ripper Filho então estudante do conhecido ITA, Instituto de Tecnológico de Aeronáutica, a USP contestou este dado afirmando ter construído uma máquina antes, mas esta mesma máquina só seria mostrada funcionando 11 anos depois.

O projeto era para Graduação do curso de Engenharia Eletrônica, os outros quatro estudantes participaram ajudando no projeto são eles: Os quatro alunos do ITA em São José dos Campos, José Ellis Ripper, Fernando Vieira de Souza, Alfred Volker e Andras Vasarheyi, orientados pelo chefe de Divisão de Eletrônica do ITA, Richard Wallauschek,

O projeto inovador teve ajuda financeira do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.

A ideia era usar somente material brasileiro, mas para a época, os componentes, sobretudo os transistores não funcionavam muito bem, e as dificuldades foram enormes, porém a equipe persistiu

 “as características de cada transistor eram tão diferentes, que se tornava impossível tentar definir um conjunto de parâmetros capaz de fazer funcionar os circuitos eletrônicos de cada bit da memória”.

Evidente que o computador era muito simples, pouquíssima memória, mas sobe o ponto de vista didático, serviu muito, sua vida foi curta e logo os objetivos que eram o uso por algumas empresas privadas e mesmo públicas caiu no esquecimento.  

Mais tarde foi desmontado e dividido em partes para reaproveitamento em outros projetos.

O papel do Instituto de Tecnológico de Aeronáutica, porém foi fundamental para o desenvolvimento de um grande número de profissionais a partir da década de 1950 e pelo crescimento da própria informática brasileira.

Já José Ellis Ripper Filho, além de Engenheiro Eletrônico pelo ITA em 1961, em 1962, foi assistente no Instituto de Pesquisas da Marinha, também estudou pós-graduação no Massachusetts Institute of Technology (MIT): a universidade que já formou mais de 80 prêmios Nobel, como bolsista, se tornando Mestre em Ciências em 1963.Em 1964, formou-se em Engenharia Elétrica pelo ITA, novamente, em 1966, tornou-se Doutor em Filosofia no MIT, com bolsa pelo CNPq.

Publicou 71 trabalhos e editou um livro. Possui 14 patentes, sendo 11 delas registradas no exterior, em 1999, ficou em 15º no Ranking da Ciência em categoria da Física, com 1.266 citações, a quantidade prêmios tanto nacionais como internacional é enorme.

A importância do cientista e tanta que retiramos uma parte do texto do site da Academia Brasileira de Ciências, por Raquel Velloso:

“Destaca-se a caracterização e aplicação dos lasers sólidos aos mais diferentes domínios; seu papel pioneiro na implantação industrial do complemento natural desses lasers – as fibras óticas – abriram a perspectiva de criação de novas e importantes empresas no Brasil no domínio das telecomunicações”.

Na Universidade de Campinas – Unicamp, fundou o primeiro Departamento de Física Aplicada no Brasil.

“No setor industrial teve papel notável como Diretor de Tecnologia e Presidente do diversificado grupo Electra, cujas atividades na área de computação e de Telecomunicações são sobejamente conhecidas”.  

As patentes de suas criações alcançam os seguintes países:  Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Suíça, Bélgica e Japão.

É Professor Titular desde 1983 do Instituto de Física da UNICAMP, da qual foi Diretor de 1975 a 1978 e Diretor Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da UNICAMP-FUNCAMP nos períodos de 1974/1975 e 1983/1989. O Professor Ripper tem sido chamado a colaborar como consultor na solução de problemas tecnológicos de grandes empresas aqui e no exterior.

Cesar Pruss

Desenvolvedor de Sistemas (Web, Desktop, Aplicativos)

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